Corpos Mutantes
COUTO Edvaldo Souza (Org.);
GOELLNER, Silvana Vilodre (Org.).
Corpos mutantes: ensaios sobre novas (d)eficiências corporais.
2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
Artigo 1: Corpo Cyborg e o dispositivo das novas tecnologias
Homero Luís Alves de Lima
Este artigo fala sobra a transformação tecnológica do corpo. Na década de 80 as séries de televisão já retratavam tal transformação biônica nos corpos: O homem de 6 milhões de dólares, a mulher biônica e até mesmo nos desenho animados já existia a famosa formiga atômica . Todos esses programas já representavam uma grande ligação entre a máquina e o homem.
Nos dias atuais, corpo e tecnologia andam intimamente juntos. Órgãos humanos podem ser fabricados para substituir o órgão doente. Pernas, braços, pele, todo o corpo pode ser substituído, e muitas vezes funcionar melhor do que as partes consideradas “originais”. Os nossos corpos são pura técnologia.
Artigo 2: O espetáculo do ringue: o esporte e a potencialização de eficientes corporais
Cláudio Ricardo Freitas Nunes e Silvana Goellner
O artigo nos mostra como os seres humanos investem nos seus corpos. Seja em nome da beleza, da juventude ou até mesmo em prol da saúde.
Há um grande investimento na aparência, que é incentivada pelos meios de comunicação (revistas, outdoors, filmes...).
Nos tempos atuais o grande lance é POTENCIALIZAR O CORPO, cada qual da sua maneira: os atletas potencializam seus corpos de forma diferenciada do corpo de uma pessoa que busca melhorar a forma física e a aparência. Ambos potencializam seus corpos de forma personificada, buscando cada qual atingir os seus objetivos.
O texto retrata também a cultura dos lutadores de MMA ( vale tudo) que usam de toda a tecnologia, como o uso de uma máquina chamada Power plate, para melhorar o treinamento, pois o ringue é o alvo principal de toda essa preparação.
Artigo 3: Velhice, palavra quase proibida; terceira idade, expressão quase hegemônica
Annamaria da Rocha Jatobá Palacios
Este artigo retrata dois vocábulos: a velhice e a terceira idade. O termo velhice fora substituído pelo termo terceira idade no discurso publicitário dos cosméticos. Como a autora constata que houve um aumento da expectativa de vida das pessoas, o termo terceira idade nos dias atuais é mais bem empregado por significar uma “nova pessoa madura” enquanto que o termo velhice nos reporta a algo já ultrapassado e por isso as propagandas publicitárias investem nesta nova nomeclatura para obter sucesso nas vendas dos seus cosméticos. Com o aumento da expectativa de vida, homens e mulheres podem chegar à velhice com corpo e mente ativos e sadios.
Artigo 4: Corpos amputados e protetizados: “Naturalizando” novas formas de habitar o corpo na contemporaneidade
Luciana Laureano Paiva
Neste texto a autora fala de transformações ocorridas no corpo ao longo da vida, que poderão ser oriundas de vários fatores. Fatores estéticos (plásticas, lipoaspiração, botox, silicones...). Acontecimentos inesperados e indesejados ( doenças e acidentes). Qualquer que seja o motivo da transformação corporal busca-se sempre o corpo perfeito e é através da tecnologia que se consegue alcançar tal perfeição. Paiva enfatiza:” A busca desenfreada pela utopia do corpo perfeito faz com que muitos indivíduos desejem trocar, refazer ou reconfigurar cada parte do corpo, ou seja, as peças envelhecidas, cansadas ou doentes possam ser substituídas, atualizadas e potencializadas.”
A autora mostra um estudo desenvolvido em uma clínica especializada em reabilitação e entrevista pessoas submetidas a amputação, os entrevistados falam sobre o corpo perfeito se reportando sempre ao passado, onde seus corpos ainda eram “normais”. É como se as pessoas amputada tivessem perdido a sua referência, entretanto, a amputação é apenas a morte real de uma parte do corpo e não da vida como um todo. Portanto, diante desta situação as pessoas tem que se adaptar a um novo estilo de vida, onde suas limitações devem ser sempre respeitadas.
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